Adubação caseira

O ideal é sempre fazer a adubação baseada na análise de solo e foliar, mas de uma maneira geral pode-se dizer que, para uma produção esperada de 20 a 25 t/ha, aplicar 160 g de N, 40 a 120 g de P2O5, 160 a 480 g de K2O por planta e por ano. Esta dose anual deve ser parcelada em até 8 vezes, de setembro a maio. Para produtividades esperadas de 25 a 30 t/ha, aumentar essas doses em 25%, e 50% para produtividades acima de 30 t/ha. Os micronutrientes devem ser fornecidos juntamente com a primeira parcela da adubação de produção, no início da estação chuvosa: 50 g de FTE-BR 12 ou 20g de sulfato de zinco mais 10 g de bórax.
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Flor do Maracuja

Os maracujás ou flores-da-paixão - seus frutos e suas flores - já eram muito conhecidos e utilizados na América antes da chegada dos primeiros europeus que, desde cedo, encantaram-se com a sua exuberância. Em seu afã religioso da conquista, os missionários estrangeiros viram nessas flores e frutos muito mais do que beleza e perfume. Os religiosos viram naquela formação complexa e admirável, um verdadeiro presente de Deus para iluminar seu trabalho de catequese, encontrando em suas formas e cores exóticas, a metáfora perfeita para explicar aos infiéis indígenas a "truculenta história da Paixão de Cristo". Assim, em primeiro lugar, associaram-se às cores com que a natureza premiou as belas flores do maracujá, aos vermelhos e aos roxos utilizados nos rituais cristãos da Semana Santa. Além das cores, a coroa floral completamente filigrada, transformou-se na própria imagem da coroa de espinhos com que Cristo foi crucificado; os três estigmas da flor passaram a ser os três cravos que o prenderam na cruz; suas cinco anteras estariam representando as cinco chagas de Cristo; as gavinhas eram vistas como os açoites que o martirizaram; e o fruto redondo era a representação do mundo que o Cristo veio redimir. Desde então, as flores dos maracujazeiros começaram a ser chamadas de "as flores-da-paixão", da Paixão de Cristo.
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Polinização

O maracujazeiro precisa de insetos polinizadores, que são as abelhas do gênero Xilocopa sp, conhecidas popularmente como mamangavas. Em locais onde há baixa população dessas abelhas pode-se fazer a polinização manualmente. Para isso, deve-se coletar pólen de flores de diferentes plantas, distantes umas das outras e, com a mão carregada da mistura de pólen, proceder a polinização de forma contínua numa linha. Com as pontas dos dedos, fazer um movimento ascendente nas flores completamente abertas. Para melhorar a aderência do pólen no estigma, os operadores podem proteger os quatro dedos de cada mão com dedeiras feitas de flanela de lã.
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Podar

Existem dois tipos de poda recomendados para a cultura: poda de formação e a poda de produção ou renovação. Elas são indicadas para quem conduz o maracujá em espaldeira (cerca) no sistema que chamamos de "cortina". A poda de formação é realizada logo que se planta o maracujá, e a poda de produção é realizada no início da brotação primaveril, quando houver disponibilidade de água no solo, e temperaturas na faixa de 20ºC. Mas lembre-se: só devem ser podadas plantas de pomares saudáveis e bem cuidados. Também é importante frisar que a planta não pode estar em repouso, pois poderá morrer após a poda; e nem ter já emitido botões florais, pois terá o início da produção retardado.
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Brasil é o maior produtor mundial de maracujá

Hoje, segundo o IBGE, o Brasil é o maior produtor mundial de maracujá. Em 2003, por exemplo, o País teve uma produção de 479 mil toneladas, numa área de 33 mil hectares. A Bahia comanda a produção com 77 mil toneladas, em 7,8 mil hectares. São Paulo é o segundo maior produtor: 58 mil toneladas, em 3,7 mil hectares. O estado de Roraima produziu, em 2002, de acordo com o IBGE, apenas 800 toneladas, numa área de 100 hectares.

Planta da família das passaifloráceos, o maracujá tem origem indígena e significa "mara-cuia" ou "comida de cuia". Típico do nordeste brasileiro, o maracujá é produzido durante todo o ano em temperaturas médias de 20 a 32 graus. A fruta é fonte de carboidratos, além de conter vitaminas A, C e o complexo B. Ela é rica em sais minerais como cálcio, fósforo e ferro.
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Colheita

A colheita do maracujá inicia-se de cinco a nove meses após o plantio das mudas no campo.

O período de colheita é bastante longo, na maioria das regiões, sendo maior nas zonas com suficiente calor, luminosidade e umidade, num prolongado período de frutificação, e menor naquelas regiões sujeitas a frio mais intenso ou a um período de seca mais notável. Nas condições do estado de Goiás, na maioria das vezes, o período de maior produção estende-se de novembro-dezembro a julho-agosto.

A colheita dos frutos ocorre cerca de 70 a 80 dias após a abertura das flores. Os frutos do maracujá, uma vez maduros, desprendem-se das plantas e caem no chão. Diante disso, a colheita consiste na catação dos frutos caídos, de preferência pela manhã. Alguns frutos, ao se soltarem da planta, ficam presos entre os ramos, especialmente na condução em latada; esta catação precisa ser feita com certo cuidado, de modo a encontra-los e recolhe-los.

Os frutos colhidos na planta, mesmo quando amadurecidos antes de serem consumidos, apresentam sabor agreste e pouco agradável, razão pela qual só devem ser apanhados aqueles frutos que já se desprenderam da planta.

Após a maturação e queda, os frutos rapidamente perdem água e murcham, além de serem facilmente atacados por podridões, razão pela qual esta operação deverá ser feita diariamente, em especial no período chuvoso e quente do ano, mas nunca em intervalos maiores que duas vezes por semana.

Para a conservação dos frutos em bom estado, por um período mais longo, visando uma comercialização mais eficiente, deve-se proceder da seguinte forma: a) assim que o fruto chegar do campo, deverá ser lavado em água contendo 100 ppm de cloro, ou seja, 10 miligramas de cloro por litro, de forma a eliminar todos os resíduos de sua superfície externa; b) após secarem, os frutos devam ser classificados por tamanho, cor, grau de lesões por doenças, estando de murchamento, e acondicionados em embalagens.

Na classificação, os frutos de melhor padrão são destinados ao mercado de frutas frescas; aqueles menores ou que apresentam lesões de verrugose, podridões ou elevado estado de murchamento são encaminhados pêra indústria que fazem o processo da fruta. Outra alternativa, com possibilidade de agregar valor aos frutos, especialmente aqueles de padrões inferiores, é o despolpamento e envasamento da polpa, utilizando-se diferentes equipamentos, seguido de imediato congelamento, com destino ao mercado local ou regional.

Rendimento – a produtividade do maracujá, nas condições de Goiás, é muito variável, não só em função dos diferentes tratos culturais dispensados à planta, mas também em função do espaçamento, do sistema de condução e, no primeiro ano, da época de plantio.

Como uma estimativa média, no entanto, pode-se admitir que uma cultura, razoavelmente conduzida, produza, no primeiro ano, cerca de 8 a 10 toneladas por hectare, 15 a 20 toneladas no segundo ano para , no terceiro, reduzir esta produção para 10 a 12 toneladas por hectare.

A obtenção de produtividade menor que 8tha, por ano, torna a cultura inviável, considerando o aumento da oferta influindo na queda do preço pago ao produtor.
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CULTURAS CONSORCIADAS

A consorciação de culturas é um instrumento usado para gerar receita extra, importante para aliviar os custos de implantação de um maracujazal. É, também, um maio de cobertura do solo, além de possibilitar maior diversidade vegetal no ambiente, o que geralmente reduz a incidência de pragas e doenças.

Deve-se considerar a marcha de absorção dos nutrientes pelo maracujazeiro, para evitar concorrência. Sabe-se que o maracujazeiro absorve pequena quantidade de nutrientes, até 60 dias do transplante. Daí cresce, gradativa e significativamente a absorção de N, P, K e Mg. Depois de 180 dias, aumenta a absorção de Ca e S. no período que antecede o aparecimento de frutas, é vigorosa a demanda de N, K e Ca. Com base nessas informações, a cultura indicada para intercalação não deve apresentar picos de absorção coincidentes com aqueles do maracujazeiro, e deve apresentar porte baixo, ciclo curto, receber adubação específica e manter um metro de distância do plantio principal. São boas alternativas o feijão, o amendoim, o arroz, dentre outras.
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